A cibersegurança é um dos pilares da continuidade operacional das empresas modernas.
No entanto, muitas organizações cometem erros que podem comprometer a segurança dos seus dados e sistemas, expondo-se a ameaças graves como ataques de Ransomware, vazamento de informações sensíveis e prejuízos financeiros irreparáveis.
Com o crescimento das ameaças digitais e a sofisticação dos ataques cibernéticos, manter um ambiente seguro exige atenção constante e boas práticas de proteção.
Pequenos descuidos podem abrir brechas para invasores, resultando em consequências que vão desde multas regulatórias até perda de credibilidade no mercado.
Por isso, identificar e corrigir falhas de segurança é essencial para evitar incidentes que possam comprometer a operação e a reputação da sua empresa.
A seguir, no primeiro subgrupo, listo os principais erros cometidos e no próximo passo as dicas de como evitá-los.
Vamos juntos?!
Principais Erros de Cibersegurança
Falta de Atualização de Softwares
A negligência na atualização de softwares é um dos maiores riscos para a segurança cibernética de uma empresa.
Sistemas desatualizados tornam-se alvos fáceis para ataques, pois frequentemente contêm vulnerabilidades conhecidas que hackers exploram para invadir redes corporativas.
Cada atualização de software, seja de um sistema operacional, aplicativo corporativo ou firmware de dispositivos, inclui correções de segurança que fecham brechas identificadas por desenvolvedores e especialistas em cibersegurança.
Quando uma empresa adia ou ignora essas atualizações, expõe-se a ataques como Ransomware, exploração de falhas Zero-Day e Roubo de Informações Sigilosas.
Além disso, muitas regulamentações, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e o GDPR (Sigla em inglês para Regulamento Geral de Proteção de Dados, uma lei europeia que entrou em vigor em 2018, que é a principal lei europeia sobre privacidade digital), exigem que as empresas adotem medidas para garantir a segurança dos dados.
A falta de atualizações pode resultar em não conformidade com essas normas, levando a multas pesadas e danos à reputação.
Uso de Senhas Fracas
A utilização de senhas fracas é uma das principais falhas de segurança que colocam empresas e usuários em risco.
Senhas simples, curtas ou reutilizadas facilitam o acesso não autorizado a sistemas críticos, tornando-se alvos fáceis para cibercriminosos.
Ataques como força bruta, onde hackers testam milhares de combinações até encontrar a senha correta e/ou vazamento de credenciais, em que senhas comprometidas são vendidas ou publicadas na internet, são cada vez mais comuns.
Soma-se a isso, o uso da mesma senha em diferentes plataformas, o potencializa o risco de ataques em cadeia, permitindo que criminosos acessem múltiplas contas com um único vazamento.
Ausência de Autenticação Multifator (MFA)
A autenticação multifator (MFA) é uma das formas mais eficazes de proteger contas e sistemas contra acessos não autorizados.
Ela adiciona uma camada extra de segurança ao exigir um segundo fator de verificação além da senha, como um código enviado por aplicativo, e-mail ou SMS, ou ainda a autenticação biométrica.
Sem essa proteção, invasores podem explorar credenciais comprometidas com facilidade, seja por meio de vazamentos de dados, ataques de phishing ou força bruta.
Mesmo que um hacker descubra a senha de um usuário, sem um segundo fator de autenticação, ele não conseguirá acessar o sistema protegido.
A ausência do MFA representa um risco significativo, especialmente para contas com acesso a informações sensíveis, como e-mails corporativos, plataformas financeiras e sistemas internos.
Empresas que não implementam essa medida correm um risco maior de ataques cibernéticos, podendo sofrer vazamento de dados, sequestro de contas e prejuízos financeiros.
Ignorar a Educação dos Colaboradores
A falta de conscientização dos funcionários sobre cibersegurança é um dos principais pontos fracos de qualquer organização.
Funcionários desinformados são alvos fáceis para ataques como phishing e engenharia social, que exploram a confiança e o desconhecimento para obter acesso indevido a sistemas e informações sensíveis.
Um simples clique em um e-mail malicioso, o download de um arquivo infectado ou o compartilhamento de credenciais com um suposto colega podem comprometer toda a infraestrutura da empresa.
Ataques dessa natureza podem resultar no roubo de dados confidenciais, instalação de Malware e até mesmo no bloqueio completo dos sistemas por Ransomware.
Falta de Backups Regulares
A ausência de uma estratégia sólida de backup coloca em risco a continuidade operacional de qualquer empresa.
Sem cópias de segurança atualizadas, dados críticos podem ser permanentemente perdidos em casos de falhas de hardware, ataques cibernéticos ou exclusões acidentais.
Os ataques de Ransomware, que bloqueiam o acesso aos arquivos e exigem pagamento para sua liberação, são uma ameaça crescente para organizações de todos os tamanhos.
Empresas que não possuem backups regulares ficam à mercê dos criminosos e, muitas vezes, são forçadas a pagar resgates elevados sem garantia de recuperação dos dados.
Vazamentos e corrupções de arquivos podem comprometer a integridade de informações essenciais para o funcionamento da empresa.
Acesso Irrestrito a Dados Sensíveis
A falta de controle no acesso a informações confidenciais representa um grande risco para a segurança e integridade dos dados de uma empresa.
Permitir que todos os funcionários tenham acesso irrestrito a informações sensíveis aumenta significativamente as chances de vazamentos, uso indevido e até mesmo fraudes internas.
Uma gestão inadequada de permissões pode facilitar ataques internos, em que colaboradores mal-intencionados ou não, exploram acessos desnecessários para roubar ou manipular dados.
Credenciais comprometidas de usuários com privilégios excessivos podem ser exploradas por hackers, ampliando o impacto de um ataque cibernético.
Como Evitar os Erros que mencionei Acima?
Bem, se você está lendo desde o começo, e não tão familiarizado com o assunto, pode estar pensando assim: “Preciso desligar tudo e nunca mais ligar” ou “Não deve existir solução para isso!”.
Então chegou a hora de te dar boas notícias!
Existe sim, solução para tudo que abordei no subgrupo acima.
Todas factíveis, talvez não sejam sejam de fácil implementação, mas podem fazer a diferença entre no final do ano sua empresa ser o Case de que foi mais uma vítima de Ataque Cibernético ou a ganhadora do um prêmio como do Security Leaders (maior evento brasileiro voltado para CISOs – Chief Information Security Officer, que é o cargo de Diretor de Segurança da Informação, responsável pela gestão da segurança cibernética de uma organização).
Mantenha todos os sistemas e softwares atualizados.
Atualizações de segurança são essenciais para corrigir vulnerabilidades e proteger sua empresa contra ameaças emergentes.
Para minimizar riscos, é fundamental implementar uma política de atualização contínua, que inclua:
Monitoramento de versões: Utilize ferramentas que alertem sobre novas atualizações e patches de segurança.
Automação de atualizações: Sempre que possível, ative a atualização automática de softwares essenciais.
Testes de compatibilidade: Antes de atualizar sistemas críticos, realize testes para evitar impactos na operação.
Gestão de ativos de TI: Mantenha um inventário atualizado dos softwares utilizados na empresa, garantindo que todos estejam protegidos.
A cibersegurança começa com a prevenção.
Manter seus sistemas atualizados é um passo essencial para garantir a proteção dos dados e a continuidade dos negócios.
Utilize senhas fortes e diferentes para cada serviço
Para reduzir esses riscos, é essencial adotar boas práticas de gerenciamento de senhas, incluindo:
Criação de senhas fortes: Utilize combinações longas e complexas, misturando letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais.
O uso de um gerenciador de senhas pode ajudar a criar credenciais seguras sem comprometer a praticidade.
Política de troca periódica de senhas: Para sistemas críticos, a renovação periódica das senhas reduz o risco de acessos indevidos.
Uso de um gerenciador de senhas: Ferramentas especializadas ajudam a armazenar credenciais de forma segura, evitando a reutilização de senhas.
As ferramentas mais conhecidas, e na minha opinião mais eficazes, são conhecidas como Cofre de Senhas.
o Cofre de Senhas é um repositório dinâmico onde as senha administrativas de cada Sistema Operacional ou Aplicação ficam armazenadas.
Toda vez que que se fizer necessário o uso dela, o colaboradores, mesmo que seja o CISO, requer ao Cofre de Senhas a credencial de acesso.
Ao final do uso, a credencial é revogada.
Assim, mesmo que se vase a credencial obtida, de nada adiantará, pois no próximo acesso com privilégios administrativos, a senha será outra.
Para elevar o nível de segurança, podemos implementar mais de um aprovador pra a conceder a credencial, evitando assim que seja dado acesso indevido a ambientes críticos da organização por comprometimento e/ou aliciação de um ou mais colaboradores.
A segurança de uma empresa começa com a proteção de suas credenciais. Adotar senhas fortes e implementar medidas de autenticação reforçada são passos fundamentais para evitar acessos não autorizados e garantir a proteção dos dados corporativos.
Implemente autenticação multifator em todos os acessos críticos.
O uso do MFA ou como muitos gostam de se referir como 2FA – Segundo Fator de Autenticação, é tão importante que criei um item só para ele, pois inicialmente ao escrever esse artigo, eu estava colocando junto com a de uso de senhas fortes.
O seu uso impede que invasores acessem contas mesmo que possuam a senha correta.
Para garantir a segurança digital, é essencial adotar as seguintes práticas:
Habilitar MFA em todas as contas críticas: Especialmente para administradores de sistemas e serviços na nuvem.
Utilizar aplicativos de autenticação:, Recomendo o Google Authenticator ou Microsoft Authenticator, em vez de SMS, que pode ser alvo de ataques de troca de SIM (SIM swapping).
Exigir MFA para acesso remoto e VPNs: Esse ato protege conexões externas contra acessos indevidos.
Educar os colaboradores sobre a importância do MFA: garante assim que todos adotem essa prática como padrão.
A autenticação multifator reduz significativamente as chances de ataques bem-sucedidos e deve ser uma exigência em qualquer estratégia de segurança cibernética eficaz.
Realize treinamentos frequentes de conscientização em segurança digital.
Os colaboradores devem saber identificar tentativas de phishing, golpes online e outras ameaças.
Para minimizar esses riscos, as empresas devem investir continuamente na capacitação dos colaboradores por meio de:
Treinamentos regulares em cibersegurança: Aborde sobre as ameaças atuais e técnicas de proteção.
Simulações de ataques de phishing: Com o intuito de a testar a atenção dos funcionários e reforçar boas práticas.
A ideia não é ser uma “Pegadinha do Malandro” ou o “Teste de Fidelidade do João Kleber”, mas avaliar o nível de maturidade de colaboradores e ser uma oportunidade de educação e evolução.
Trate esse tema como educativo e não punitivo!
Políticas claras de segurança da informação: Inclua orientações sobre senhas, acesso a redes, manipulação de dados sensíveis e impacto financeiro.
Além do que menciono acima, tem a questão da LGPD, que por si só já seria a maior questão de conscientização.
o fato de não saber o que preconiza a Lei, não isenta a pessoa da culta ou do dolo eventual.
O que tenho visto que o maio erro não é não ter politicas caras, é simplesmente não ter, e que se agrava mais quando as tem e não as segue.
Veja bem, não tem como não mencionar isso aqui, ou temos um ambiente seguro ou temos um ambiente prático para o usuário.
As duas coisas são inversamente proporcionais. É tipo querer misturar água e óleo, não se misturam!
Canal aberto para denúncias: Local onde os colaboradores possam reportar tentativas de golpe sem receio de represálias.
A segurança da informação não depende apenas de firewalls, antivírus e ferramentas Anti-Ransomware, mas também do fator humano.
Investir na educação dos colaboradores é essencial para fortalecer a proteção contra ameaças digitais e garantir a resiliência da empresa contra ataques cibernéticos.
Lembre-se do que mencionei acima, olhe para isso com o olhar educativo e não para ser a caça as bruxas na organização!
Adote soluções de backup automatizado e seguro
Manter cópias atualizadas dos dados garante a recuperação em caso de ataques, falhas ou desastres.
Para minimizar esses riscos, é fundamental implementar uma política de backup eficiente, seguindo boas práticas como:
Backup automatizado e frequente: Utilize soluções que realizem cópias de segurança de forma programada para evitar falhas humanas.
Regra 3-2-1: Mantenha pelo menos três cópias dos dados, em dois tipos de mídia diferentes, sendo uma armazenada externamente, como na nuvem ou em local físico seguro.
Backups protegidos contra alterações: Utilize armazenamento imutável e criptografia para evitar que ataques cibernéticos comprometam as cópias de segurança.
Testes periódicos de restauração: Verifique regularmente se os backups estão íntegros e funcionais, garantindo que possam ser utilizados quando necessário.
A falta de backups pode significar a perda irreparável de dados e grandes prejuízos financeiros. Implementar uma estratégia robusta de backup é um investimento essencial para garantir a segurança e a continuidade dos negócios.
Essa é a solução mais simples se falarmos em proteção, pois caso o ataque seja persistente, com Ransomware envolvido e ele comprometer o backup, o Restore também estará comprometido e poderá entrar em um loop infinito.
Para enviar isso, o ideal é adotar uma solução Anti-Ransomware.
Restrinja o acesso a informações sensíveis apenas a quem realmente precisa
Implemente o princípio do menor privilégio (PoLP), garantindo que cada funcionário tenha acesso apenas ao necessário para sua função.
Para mitigar esses riscos, é essencial adotar boas práticas de controle de acesso, incluindo:
Princípio do menor privilégio: Conceda a cada funcionário apenas as permissões estritamente necessárias para o desempenho de suas funções.
Revisões periódicas de acesso: Audite regularmente os níveis de permissão para garantir que apenas usuários autorizados acessem informações críticas.
Autenticação forte e monitoramento contínuo: Implemente autenticação multifator (MFA) e registre todas as atividades em sistemas sensíveis para detectar acessos suspeitos.
Segmentação de dados: Restrinja o acesso a informações estratégicas com base em funções e departamentos, evitando exposição desnecessária.
Um gerenciamento eficiente de permissões reduz os riscos de violações de dados e fortalece a segurança da empresa.
Proteger informações confidenciais com políticas rigorosas de acesso é fundamental para garantir a conformidade e a proteção contra ameaças internas e externas.
Como a Hux Tecnologia pode ajudar sua empresa resolver todos esses erros
Os erros de cibersegurança podem custar caro para qualquer empresa, comprometendo a continuidade dos negócios e a confiança dos clientes.
No entanto, ao adotar práticas preventivas e investir em soluções adequadas, sua organização reduz vulnerabilidades e se torna mais resiliente contra ameaças digitais.
Proteja sua empresa contra ataques cibernéticos!
A Hux Tecnologia pode ajudar sua organização a fortalecer sua segurança digital com soluções avançadas e consultoria especializada.
Entre em contato com a Hux Tecnologia e descubra como podemos ajudar corrigir todos os Erros Cibernéticos em do seu negócio, clicando aqui ou preenchendo o formulário disponível.